Pautada para atender a um aluno idealizado e de um projeto educacional elitista, meritocrático e homogeneizador a escola tem produzido situações de exclusão que têm, injustamente, prejudicado a trajetória educacional de muitos estudantes.
Pela ausência de laudos periciais competentes e de queixas escolares bem fundamentadas, há alunos que correm o risco de ser admitidos e considerados como pessoas com deficiência e encaminhados indevidamente aos serviços da Educação Especial. Outros são igualmente discriminados em programas de ensino compensatório e à parte.
Há que se acrescentar também, o sentido dúbio da Educação Especial, acentuado pela imprecisão dos textos legais, que fundamentam nossos planos e propostas educacionais Ainda hoje, é patente a dificuldade de se distinguir a Educação Especial, tradicionalmente praticada, da concepção consentânea e vigente dessa modalidade de ensino: o atendimento educacional especializado.
Esse quadro situacional perpetua desmandos e transgressões ao direito à educação e à não discriminação que algumas escolas e redes de ensino estão praticando, por falta de um controle efetivo os pais, das autoridades de ensino e da justiça em geral.
As escolas e as instituições especializadas ainda resistem muito às mudanças provocadas pela inclusão, alegando motivos que expõem a fixidez organizacional dos
serviços dispensados a seus alunos e assistidos.
Desconhecimento, interesses corporativistas envolvendo pais, professores, especialistas insistem em defender a educação de alunos com deficiência em ambientes segregados, desconsiderando as novas possibilidades de se atender às necessidades desses educandos a partir de alternativas educacionais includentes. Muitos outros entraves estão desrespeitando o direito de ser diferente, nas escolas.
Problemas conceituais, desrespeito a preceitos constitucionais, interpretações tendenciosas de nossa legislação educacional e preconceitos distorcem o sentido da inclusão escolar, reduzindo-a unicamente à inserção de alunos com deficiência no ensino regular e desconsideram os benefícios que essa inovação educacional propicia à educação dos alunos em geral, ao provocar mudanças de base na organização pedagógica das escolas e na maneira de se conceber o papel da instituição escolar na formação das novas gerações.
Com isso, não evoluem as iniciativas que visam à adoção de posições/medidas inovadoras para a escolarização de todos os alunos, nas escolas comuns de ensino regular, assim como as que se referem aos serviços educacionais especializados.
O aluno abstrato justifica a maneira excludente de a escola tratar as diferenças. Assim é que se estabelecem as categorias de alunos: deficientes, carentes, comportados, inteligentes, hiper-ativos, agressivos e tantos mais.
Por essas classificações é que se perpetuam as injustiças na nossa escola. Por detrás delas é que a escola se protege do aluno, na sua singularidade. Tais especificações reforçam a necessidade de se criarem modalidades de ensino, espaços, e programas segregados, para que alguns alunos possam aprender.
Sem dúvida, é mais fácil gerenciar as diferenças, formando classes especiais de objetos, de seres vivos, acontecimentos, fenômenos, pessoas…
Mas, como não há mal que sempre dure, o desafio da inclusão está desestabilizando as cabeças dos que sempre defenderam a seleção, a dicotomização do ensino nas modalidades especial e regular, as especializações e especialistas, o poder das avaliações, da visão clínica do ensino e da aprendizagem. E como não há bem que sempre ature, está sendo difícil manter resguardados e imunes às mudanças todos aqueles que colocam nos ombros dos alunos, exclusivamente, a incapacidade de aprender.
Os subterfúgios teóricos que distorcem propositadamente o conceito de inclusão, condicionada à capacidade intelectual, social e cultural dos alunos, para atender às expectativas e exigências da escola precisam cair por terra com urgência Porque sabemos que podemos refazer a educação escolar, segundo novos paradigmas, preceitos, ferramentas, tecnologias educacionais.
As condições de que dispomos, hoje, para transformar a escola nos autorizam a propor uma escola única e para todos, em que a cooperação substituirá a competição, pois o que se pretende é que as diferenças se articulem e se componham e que os talentos de cada um sobressaiam.
É inegável que as ferramentas estão aí, para que as mudanças aconteçam e para que reinventemos a escola, desconstruindo a máquina obsoleta que a dinamiza, os conceitos sobre os quais ela se fundamenta, os pilares teórico-metodológicos em que ela se sustenta.
As razões para se justificar a inclusão escolar, no nosso cenário educacional não se esgotam nas questões que levantamos e comentamos neste capítulo.
A inclusão também se legitima, porque a escola para muitos alunos é o único espaço de acesso aos conhecimentos. É o lugar que vai lhes proporcionar condições de se desenvolver e de se tornar um cidadão, alguém com identidade social e cultural que lhes confere oportunidades de ser e de viver dignamente.
Incluir é necessário, primordialmente, para melhorar as condições da escola de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para viver a vida na sua plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras. Não podemos contemporizar soluções, mesmo que o preço que tenhamos de pagar seja bem alto, pois nunca será tão alto quanto o resgate de uma vida escolar marginalizada, uma evasão, uma criança estigmatizada, sem motivos.
Confirma-se, ainda, mais uma razão de ser da inclusão – um motivo para que a educação se atualize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas e para que escolas públicas e particulares se obriguem a um esforço de modernização e de reestruturação de suas condições atuais a fim de responderem às necessidades de cada um de seus alunos, em suas especificidades, sem cair nas malhas da educação especial e suas modalidades de exclusão.
Se, do ponto de vista legal, temos de conciliar os impasses entre nossa Constituição e as leis infraconstitucionais referentes à educação, do ponto de vista educacional, é urgente estimular as mudanças, buscando e divulgando novas práticas pedagógicas, experiências de sucesso, saberes adquiridos em estudos desenvolvidos no cotidiano das nossas escolas.
Há ainda que vencer os desafios que nos impõem o conservadorismo das instituições especializadas e enfrentar as pressões políticas e das pessoas com deficiência, que ainda estão muito habituadas a viver de seus rótulos e de benefícios que acentuam a incapacidade, a limitação, o paternalismo e o protecionismo social.
O essencial, na nossa opinião, é que todos os investimentos atuais e futuros da educação brasileira não repitam o passado e reconheçam e valorizam as diferenças na escola. Temos de ter sempre presente que o nosso problema se concentra em tudo o que torna nossas escolas injustas, discriminadoras e excludentes, e que, sem solucioná-lo, não conseguiremos o nível de qualidade de ensino escolar, que é exigido para se ter uma escola mais que especial, onde os alunos tenham o direito de ser (alunos), sendo diferentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MANTOAN, Maria Teresa Eglér & VALENTE, José Armando. Special education reform in Brazil: an historical analysis of educational polices. In European Journal of Special Needs Education, 13(1), (pp.10-28), 1998.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Teachers’education for inclusive teaching: refinement of institutional actions. In Revue Francophone de la Déficience Intellectuelle. número spéciale.(pp.52-54). Colloque Recherche Défi 1999. Montréal/Québec, Canadá, 1999.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Caminhos pedagógicos da inclusão. São Paulo: Memnon, edições científicas, 2001.
MITTLER, Peter. Working towards inclusion education – social contexts. London: David Fulton Publishers Ltd, 2000.
MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento.Trad. Eloá Jacobina – 4ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
RANCIÉRE, Jacques. O mestre ignorante – cinco lições sobre emancipação intelectual.
Trad. Lílian do Valle. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
SANTOS, Boaventura de Souza. Entrevista com Prof. Boaventura de Souza Santos. (On line). Disponível: http://www.dhi.uem.br/jurandir/jurandir-boaven1.htm , 1995.
SERRES, Michel. Filosofia Mestiça: le tiers – instruit. Trad. Maria Ignez D. Estrada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1993.
SILVA, Tomás Tadeu da. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000.
TEXTO 2
Quem ganha com a inclusão de crianças com deficiência?
Marta Gil – Projeto SACI – USP – SP
Extraído de http://saci.org.br/pub/livro_educ_incl/redesaci_educ_incl.pdf
Estudos e experiências realizados no Brasil e no mundo demonstram que a Educação Inclusiva é benéfica para todos os envolvidos. Os alunos com deficiência aprendem
• melhor e mais rapidamente, pois encontram modelos positivos nos colegas;
• que podem contar com a ajuda e também podem ajudar os colegas;
• a lidar com suas dificuldades e a conviver com as demais crianças.
Os alunos sem deficiência aprendem
• a lidar com as diferenças individuais;
• a respeitar os limites do outro;
• a partilhar processos de aprendizagem.
Todos os alunos, independentemente da presença ou não de deficiência, aprendem
• a compreender e aceitar os outros;
• a reconhecer as necessidades e competências dos colegas;
• a respeitar todas as pessoas;
• a construir uma sociedade mais solidária;
• a desenvolver atitudes de apoio mútuo;
• a criar e desenvolver laços de amizade;
• a preparar uma comunidade que apoia todos os seus membros;
• a diminuir a ansiedade diante das dificuldades.
TEXTO 3 Edmodo – rede social colaborativa e focada em educação
Extraído de https://www.edmodo.com/?language=pt-br
Com recursos intuitivos e armazenamento ilimitado, crie grupos rapidamente, atribua lições de casa, agende testes, gerencie progressos e mais. Com tudo em uma única plataforma, o Edmodo é desenvolvido para dar a você o controle total sobre sua sala de aula digital.. O Edmodo é totalmente integrado ao Google Apps for Education e ao Microsoft Office e ao OneNote. Você não precisa mais lembrar de várias senhas ou clicar fora do Edmodo para acessar sua conta do Google Drive ou para colaborar usando o Google Docs. Microsoft ou Google, oferecemos suporte para ambos. Os aplicativos para os pais do Edmodo garantem que tudo o que for ensinado de dia será reforçado à noite com o envolvimento de família no aprendizado. Compartilhe tarefas, datas de entrega, comunicados de sala de aula, eventos, configure lembretes e muito mais. Encontre o melhor conteúdo educacional (recursos de ensino abertos ou pagos) de toda a Web. Ao usar o Edmodo Spotlight, você pode pesquisar e descobrir ferramentas grátis e premium, aplicativos, jogos e criar coleções de seus recursos favoritos. Você pode até enviar, compartilhar ou vender seu conteúdo educacional original.
TEXTO 4 Luz do Saber Infantil – Portal educacional e formativo
Extraído de https://luzdosaber.seduc.ce.gov.br/paic/
O Luz do Saber Infantil é um recurso didático que tem por objetivo contribuir para a alfabetização de crianças, além de promover a inserção na cultura digital. É um software de autoria embasado primordialmente, na teoria do educador Paulo Freire. Considera também algumas contribuições de Emilia Ferreiro e AnaTeberosky acerca do processo de aquisição do código linguístico. Atualmente, o mesmo disponibiliza cinco módulos: “Começar”, “Ler”, “Escrever”, “Aplicativos” e o “Professor”. O primeiro é composto por 10 atividades que estimulam através de jogos, o conhecimento dos fonemas e grafemas que compõem o nome do aluno e, paralelamente, desenvolve as competências necessárias ao uso do mouse e do teclado. O módulo “Ler” pode ser autorado. Isto significa que o professor pode criar as suas atividades adaptadas ao contexto do aluno, assim como também realizar alterações nas aulas já existentes. Existem atualmente 36 atividades estruturais (modelos), nas quais o aluno pode desenvolver de modo lúdico, as competências necessárias para aprendizagem da leitura e escrita. O software já conta com a proposta de 13 aulas que possuem várias atividades cada. Mais informações:
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.ce.seduc.luzdosaber
https://www.facebook.com/luzdosaber
TEXTO 5 A música como elemento de aprendizagem no meio escolar.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Educação é uma palavra que deriva uma série de significados, muitos deles bastante complexos, no entanto, para concebê-los é preciso utilizar de vários recursos didáticos ou não. Quando se fala em educação muitos pensam que a mesma refere-se somente àquela desenvolvida no âmbito escolar, porém vai muito além disso, é conhecer o mundo, a convivência em sociedade e sua organização, esse processo tem início no contato da criança com o país e familiares e com os objetos que encontram-se ao seu redor.
O conhecimento intelectual de um aluno é resultado da interação dele com o meio e não somente por si mesmo. Dessa forma, o meio pode se materializar de muitas maneiras e são justamente essas variações que podem diversificar as metodologias didáticas aplicadas no processo ensino-aprendizagem, independentemente da disciplina que se deseja trabalhar, nesse caso o mediador do procedimento é o educador, é ele quem direciona ou conduz o aluno nesse sentido. No caso da música, essa possibilita o desenvolvimento intelectual e a interação do indivíduo no ambiente social, se for usada de uma forma planejada. A música é um dos principais meios de persuasão existente na sociedade, pois através dela é possível transmitir não somente palavras, mas também sentimentos, idéias e ideais que podem ganhar grandes repercussões didáticas se bem direcionadas. A música como alternativa didática aguça o interesse do aluno, que muitas vezes sem perceber se encontra totalmente envolvido no processo, uma vez que o conjunto de palavras contidas no texto da música é aproveitável em distintas temáticas como ponto de partida na construção do ensino-aprendizagem.
O convívio do aluno no ambiente escolar associado à música provoca uma significativa melhoria no humor, desse modo produzirá um ambiente com indivíduos mais alegres que tendem a serem mais motivados a participar das atividades escolares.
Além disso, o uso da música na escola provoca também um melhor relacionamento entre os alunos, facilitando trabalhos coletivos e contribuindo com a perda da timidez, favorecendo a linguagem corporal.
Diante das afirmativas, fica explícito que a musicalização contribui diretamente no desenvolvimento cognitivo, lingüístico, psicomotor e sócio-afetivo do aluno, independente de sua faixa etária. A música promove em alunos com necessidades especiais uma maior inserção no convívio social.
É notável em uma sala de aula que a música utilizada como base curricular em diferentes disciplinas é de extrema importância, pois garante um resgate do aluno para com o conteúdo e seu educador.
O simples fato de ter uma música no ambiente escolar, enquanto são desenvolvidas explicações de conteúdos didáticos, já favorece em um melhor comportamento disciplinar por parte dos alunos no transcorrer da aula.
TEXTO 6
Coletânea de experiências em escolas com práticas educativas de música e arte
No final de julho de 2016, o papa Francisco visitou o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia. Ao entrar no campo, meditando sobre a dor e o sofrimento, ele orou em silêncio por um longo período.
Nesse local, durante a Segunda Guerra (1939-1945), mais de um milhão de pessoas, na sua maioria judeus, foram mortas pelos nazistas, como o padre Polonês Kolbe. Em 1979, João Paulo II se encontrou com Franciszak Gajownizek, o homem que teve sua vida salva pelo padre Kolbe.
São Maximiliano Kolbe, canonizado em 1982, é um símbolo da luta silenciosa de judeus e cristãos contra os horrores do nazismo.
A seguir, Francisco se encontrou com o padre de uma cidade polonesa onde uma família católica inteira foi assassinada por esconder judeus, durante a ocupação nazista na Segunda Guerra. Antes de sair, escreveu em castelhano no Livro de Honra contido no local: “Senhor, tem piedade de teu povo! Senhor, perdão por tanta crueldade!”
Em uma rede social, Francisco afirmou: “Auschwitz grita a dor dum sofrimento enorme e invoca um futuro de respeito, paz e encontro entre os povos.”
Como nosso querido Papa Francisco, convido você leitor em silêncio e oração, meditemos sobre a dor e o sofrimento e em seguida proclamemos a vitória de Jesus Cristo sobre a dor e o sofrimento, por sua morte de cruz e ressurreição.
Veja mais:
São Maximiliano Maria Kolbe
“Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!”
A vida de São Maximiliano Maria Kolbe
Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, em uma família operária muito pobre, mas profundamente religiosa. Aos treze anos tornou-se franciscano, tomando o nome de Maximiliano Maria. Foi um aluno brilhante, destacado e engajado. Ainda estudante, fundou o movimento de apostolado mariano “Milícia da Imaculada”. Ordenado sacerdote em 1918, lecionou no seminário franciscano, em Cracóvia, Polônia, mesma cidade em que o Papa João Paulo II viveu e se tornou cardeal tempos depois.
No início da Segunda Guerra Mundial, em setembro de 1939, as tropas nazistas tomaram Polônia. Frei Maximiliano foi preso duas vezes. A prisão definitiva deu-se no dia 17 de fevereiro de 1941. Em maio de 1941, foi transferido para o campo de extermínio de Auschwitz, perto de Cracóvia. Lá experimentou a perseguição e o ódio por parte dos guardas nazistas, aconselhando seus colegas de prisão a sofrerem com resignação e confiança na proteção e amparo da Imaculada Virgem Maria. Em muitas oportunidades afirmava: “O ódio não é a força criativa; a força criativa é o amor”. Foi visto inúmeras vezes fornecendo seu alimento aos outros, mesmo desnutrido e com tuberculose, pelas poucas refeições que lhes eram oferecidas.
Certo dia, um prisioneiro fugiu do campo de Auschwitz e em represália, dez prisioneiros inocentes deviam ser condenados à morte. Um prisioneiro sorteado de joelhos chorou, afirmando: “Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!…”. No mesmo instante, Frei Maximiliano pediu ao comandante responsável ali presente, para substituir aquele pai de família. Ao interrogá-lo, o comandante se espanta ao saber que se tratava de um sacerdote católico. Após breve pausa sentencia: “Aceito sua decisão”.
O prisioneiro que chorou pela mulher e filhinhos, Francisco Gajowniczek, voltou à fila e Frei Maximiliano tomou seu lugar. Em seguida, 10 prisioneiros despidos foram levados a uma cela fria, escura e úmida para morrer de fome. Frei Maximiliano forneceu os sacramentos aos companheiros de martírio, com cânticos e orações, consolando-os um a um na hora da morte. Ele faleceu por último, vítima de uma injeção letal, em 14 de agosto de 1941, durante a Vigília da Assunção da Virgem Maria ao céu. Seu corpo foi cremado e suas cinzas atiradas ao vento. Francisco Gajowniczek e sua família sobreviveram. No dia 10 de outubro de 1982, ele, seus filhos e netos presenciaram a canonização de Frei Maximiliano, no Vaticano.
Jesus afirmou: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (Jo 15,13). O amor de Deus é o centro da vida cristã, a missão do cristão é levar o amor de Deus aos que os cercam, traduzido e revelado na experiência mais sublime de nossa vida, um encontro pessoal com Jesus Cristo. Mais do que nunca, o mundo atual necessita dessa presença de amor. São Maximiliano Maria Kolbe testemunhou e revelou a todos com seu martírio a plenitude desse amor.
Veja mais:
Quem espera que a vida seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver
Toda pedra do caminho pode retirar
Numa flor que tem espinhos pode se arranhar se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
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ANEXO 1
A escola como espaço de aprendizagem
Arnaldo Nogaro
Ao propormos o tema da aprendizagem para nossa reflexão queremos enfatizar sua importância hoje, especialmente se o olharmos da perspectiva das profundas mudanças que estão se processando na sociedade atual no que diz respeito ao conhecimento e seus produtos. Temos ouvido falar muito sobre ensinar, aprender, aprendizagem, papel e função da escola, professor gestor do conhecimento, etc., enfim, uma série de denominações que nos fazem parar e refletirmos mais profundamente sobre estes conceitos. Haveria sentido em problematizarmos os mesmos? Que razões se colocariam como importantes para que viéssemos a debater sobre eles?
O que nos inquieta, a angústia própria de um educador esperançoso, é a pergunta que não quer calar sobre o que podemos esperar da escola hoje? Ela responde aos apelos da atualidade? A quem ela se destina? Há uma série de outros porquês que poderiam ser arrolados aqui, mas que achamos por bem não fazê-lo neste momento, pois o foco é procurarmos apresentar a proposta que nos moveu a isso: como a escola pode ser um espaço de aprendizagem? Queremos contribuir com algumas indagações e digressões sobre ela. Este é o mote propulsor que nos levou a escrever este texto. (…)
A superação de dificuldades, de desafios, é que promove a autonomia e a inteligência. O conhecimento proveniente dos livros é um suporte inestimável, mas não basta, como também não são suficientes as novidades da tecnologia.
É preciso procurar desenvolver outras competências essenciais para quem deseja atuar em sala de aula, entre outras, ser flexível, ter atitudes coerentes e justas, boa vontade e mente aberta para novos desafios; autodisciplina, compromisso, entendimento das lacunas entre as gerações. Num mundo onde ter acesso á informação é cada vez mais fácil, não é mais o professor que detém todo o conhecimento. “Ele deve assumir o papel de mediador da aprendizagem. Precisa ser um provocador da construção do conhecimento.” (MEIER, 2004, p. 09). Por isso que falamos de uma compreensão ou percepção, diferenciada do professor em relação à sua profissão e à sua capacidade de perceber as mudanças no mundo da vida e na esfera do conhecimento, queremos enfatizar que é necessário ter a profissão de professor como uma construção dinâmica que traz consigo diferentes desdobramentos com conseqüências imediatas na sua formação/atuação. “É nesse contexto que se insere o estudo da especificidade do saber pedagógico, do modo como o professor aprende, da natureza da atividade educativa nos seus vínculos com os conhecimentos das demais áreas.” (GUIMARÃES, 2004, p. 46)
A ação do professor em relação à aprendizagem
Tudo o que acontece na escola e na rede pode ser uma situação-mediadora da aprendizagem ou da não aprendizagem. (Arroyo).
Na sociedade do conhecimento talvez caiba ao professor um papel que ele, muitas vezes, relegue como secundário diante da importância que o conteudismo e a reprodução ganharam, que é o de trabalhar com o aluno e no aluno uma “metodologia” que o permita entender como chega ao conhecimento, como é o seu jeito de conhecer, para que de posse dessa “pedagogia” ele saiba remeter-se a outros conhecimentos e a novas aprendizagens.
Isso só será possível se ele conhecer o seu próprio jeito de conhecer, sentir e se posicionar diante da vida e suas recorrentes necessidades de significação, mas permanecendo sempre atento à possibilidade do engano, da ambigüidade, do erro e da ilusão fantástica. (TREVISOL, 2003, p. 18).
Perguntar sobre o aprender faz com que nos questionemos sobre como “funciona” nossa cabeça, nossa inteligência, nosso pensamento. Entender como as relações entre o real e o mental acontecem ajuda-nos a trabalhar melhor os exemplos, a discernir com mais clareza a dinâmica, a gênese do que denominamos conhecimento. “No processo de aprender e ensinar, a forma é também conteúdo da formação.” (GUIMARÃES, 2004, p. 57). Para Grossi (2004), evidentemente, que, se temos muito que alterar no modo de ensinar, muito teremos que alterar também no modo de avaliar, dentro da lógica de uma nova teoria sobre o aprender. (…)
A escola pode ser esse diferencial que o aluno precisa para chegar a aprendizagem. Ela pode interferir nas mudanças individuais. A experiência e pesquisas (In Grossi, 2004) têm demonstrado que um aluno “fraco” entrando em uma escola que o auxilie na aprendizagem pode terminar por superar mais facilmente suas dificuldades e chegar a aprendizagem mais rapidamente, o que pode não ocorrer quando um “bom” aluno entra em uma escola que não o auxilia adequadamente na aprendizagem e acaba até por regredir. (…) É sob a ótica que nos coloca Grossi (2004), que devemos ver a escola e a aprendizagem nela, de alguns princípios como: de que aprender não é um fenômeno natural, mas cultural; de que se aprende por meio da provocação cientificamente organizada; de que se aprende na interação e na interlocução social de um grupo com núcleo comum de conhecimentos construídos e na heterogeneidade dos níveis da caminhada dos conceitos que se quer construir; de que a inteligência é um processo e de que todos podem aprender. Para concluirmos fazemos nossas as palavras de Pimenta (2004), para quem a escola pode até mudar de nome, mas precisa existir como um espaço de aprendizagem, de ensino e aprendizagem sistemáticos da cultura.
REFERÊNCIAS
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ARROYO, M. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. Petrópolis/RJ: Vozes, 2004.
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CARVALHO, Edgar (org). Ensaios de complexidade 2. Porto Alegre: Sulina, 2003.
DEMO, P. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Artmed, 2004.
CARVALHO, Rosita. Removendo barreiras para a aprendizagem. Porto Alegre: Mediação, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
GROSSI, E. Como areia no alicerce: ciclos escolares. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GUIMARÃES, Valter S. Formação de professores: saberes, identidade e profissão. Campinas, SP: Papirus, 2004.
HARGREAVES, A. O ensino na sociedade do conhecimento: educação na era da insegurança. Porto Alegre: Artmed, 2004.
KANT, I. Sobre a pedagogia. Piracicaba: Unimep, 1996.
LIBÂNEO, José C. A escola com que sonhamos é aquela que assegura a todos a formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã. In COSTA, Marisa (org.). A escola tem futuro? Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
MEIER, Marcos. Futuro exigirá professores aptos a lidar com as diferenças. In Impressão Pedagógica. Curitiba: Expoente, ano XIII, nº 36, 2004.
PIMENTA, Selma G. A análise crítica das contradições presentes na escola pode nos ajudar a transformá-la num espaço de formação ampliada. In COSTA, Marisa (org.). A escola tem futuro? Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
PRIGOGINE, I. Criatividade da natureza, criatividade humana. In CARVALHO, Edgar (org). Ensaios de complexidade 2. Porto Alegre: Sulina, 2003.
VEIGA-NETO, Alfredo Pensar a escola como uma instituição que pelo menos garanta a manutenção das conquistas fundamentais da modernidade. In COSTA, Marisa (org.). A escola tem futuro? Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
ANEXO 2
Como seria utilizar redes sociais em sala de aula? Foi pensando nisso que um grupo de educadores desenvolveu o Edmodo, uma rede Social muito parecida com o facebook, mas desenvolvida para fins educativos. Para quem não sabe, Edmodo é um microblog educacional, cujo dono é o LinkedIn. O aplicativo permite criar um grupo específico para estudantes e excluir quem não foi convidado. É uma ferramenta poderosa de integração aluno-professor na internet. Fonte: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/ie/Documentos/EDMODO.pdf
Vídeo com tutorial http://goo.gl/gNHKkD
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ANEXO 3
I
Isaac Newton nasceu em 1642, ano da morte de Galileu, na Inglaterra. A maioria de suas obras foi desenvolvida entre seus 23 e 24 anos de idade, tais como: desenvolvimento do binômio de Newton; criação e desenvolvimento do cálculo diferencial e integral; estudo dos fenômenos óticos; concepção das leis da Mecânica e desenvolvimento das primeiras idéias relativas à gravitação. Em 1687 publicou a sua famosa obra “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”, que consagrou Newton como um dos maiores gênios da história. De 1703 até morrer em 1727, Newton foi presidente da Real Academia de Ciências da Inglaterra
II
A última guilhotina em bom estado na França foi colocada em exposição no Museu d’Orsay, em Paris. O instrumento de execuções foi muito usado durante a Revolução Francesa, em 1789. A última pessoa degolada em uma máquina como essa foi Hamida Djandoubi, condenado por tortura, estupro e assassinato em 1977, em Marselha. A pena de morte foi abolida na França em 1981. A guilhotina incluída na mostra sobre crime organizado e punição pode ser vista até o final de junho. Ela está entre as mais de 400 peças em exposição.
III
Bem verdade que terra nenhuma, nem mesmo Itaparica, é perfeita, de forma que, embora envoltos nas névoas falazes do passado, contam-se lá e cá alguns episódios dos quais somente os mais antigos se recordam. No tempo em que meu avô ainda era coronel atuante e organizava impecavelmente as eleições, a ponto de só sairem votos para os candidatos dele, numa perfeição de planejamento, houve boataria em torno do finado Nonato Pururuca. Segundo se comentou, ele teria se envolvido num caso de estelionato, mas me garantiu Ary de Maninha que foi tudo um deplorável mal-entendido.
IV
O tamanho dos times variava. De um para cada lado a 14 ou 15 para cada lado. Duração das partidas: até escurecer ou a vizinhança reclamar, o que acontecesse primeiro.
Nada interrompia as partidas. Ninguém saía. Joelho ralado, a mãe via depois. Gente passando na calçada que se cuidasse. Só se respeitava velhinha, deficiente físico e, vá lá, grávida. Os outros não estavam livres de ser atropelados. Quem mandara invadir nosso campo?
V
Uma pesquisa publicada nos Estados Unidos nesta semana revelou que quase 30% dos adolescentes americanos já praticaram alguma vez o sexting – ou seja, usaram seus smartphones para disparar mensagens contendo fotos em que aparecem nus, acompanhadas ou não de texto. É o que a própria expressão “sexting” sugere. A palavra, que já entrou para o dicionário Oxford da língua inglesa, é a junção de outras duas: “sex”, sexo, e “texting”, que designa a troca de mensagens de texto via celular. Refletir sobre o sexting é uma etapa oportuna – obrigatória, na verdade –, diante dos riscos a que estão sujeitos seus praticantes..
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