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Atividade 2
Microbioma
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assista esse vídeo, ele vai ajudar:
Para maiores informações, veja os vídeos abaixo:
1.How Bacteria Rule Over Your Body – The Microbiome
Pautada para atender a um aluno idealizado e de um projeto educacional elitista, meritocrático e homogeneizador a escola tem produzido situações de exclusão que têm, injustamente, prejudicado a trajetória educacional de muitos estudantes.
Pela ausência de laudos periciais competentes e de queixas escolares bem fundamentadas, há alunos que correm o risco de ser admitidos e considerados como pessoas com deficiência e encaminhados indevidamente aos serviços da Educação Especial. Outros são igualmente discriminados em programas de ensino compensatório e à parte.
Há que se acrescentar também, o sentido dúbio da Educação Especial, acentuado pela imprecisão dos textos legais, que fundamentam nossos planos e propostas educacionais Ainda hoje, é patente a dificuldade de se distinguir a Educação Especial, tradicionalmente praticada, da concepção consentânea e vigente dessa modalidade de ensino: o atendimento educacional especializado.
Esse quadro situacional perpetua desmandos e transgressões ao direito à educação e à não discriminação que algumas escolas e redes de ensino estão praticando, por falta de um controle efetivo os pais, das autoridades de ensino e da justiça em geral.
As escolas e as instituições especializadas ainda resistem muito às mudanças provocadas pela inclusão, alegando motivos que expõem a fixidez organizacional dos
serviços dispensados a seus alunos e assistidos.
Desconhecimento, interesses corporativistas envolvendo pais, professores, especialistas insistem em defender a educação de alunos com deficiência em ambientes segregados, desconsiderando as novas possibilidades de se atender às necessidades desses educandos a partir de alternativas educacionais includentes. Muitos outros entraves estão desrespeitando o direito de ser diferente, nas escolas.
Problemas conceituais, desrespeito a preceitos constitucionais, interpretações tendenciosas de nossa legislação educacional e preconceitos distorcem o sentido da inclusão escolar, reduzindo-a unicamente à inserção de alunos com deficiência no ensino regular e desconsideram os benefícios que essa inovação educacional propicia à educação dos alunos em geral, ao provocar mudanças de base na organização pedagógica das escolas e na maneira de se conceber o papel da instituição escolar na formação das novas gerações.
Com isso, não evoluem as iniciativas que visam à adoção de posições/medidas inovadoras para a escolarização de todos os alunos, nas escolas comuns de ensino regular, assim como as que se referem aos serviços educacionais especializados.
O aluno abstrato justifica a maneira excludente de a escola tratar as diferenças. Assim é que se estabelecem as categorias de alunos: deficientes, carentes, comportados, inteligentes, hiper-ativos, agressivos e tantos mais.
Por essas classificações é que se perpetuam as injustiças na nossa escola. Por detrás delas é que a escola se protege do aluno, na sua singularidade. Tais especificações reforçam a necessidade de se criarem modalidades de ensino, espaços, e programas segregados, para que alguns alunos possam aprender.
Sem dúvida, é mais fácil gerenciar as diferenças, formando classes especiais de objetos, de seres vivos, acontecimentos, fenômenos, pessoas…
Mas, como não há mal que sempre dure, o desafio da inclusão está desestabilizando as cabeças dos que sempre defenderam a seleção, a dicotomização do ensino nas modalidades especial e regular, as especializações e especialistas, o poder das avaliações, da visão clínica do ensino e da aprendizagem. E como não há bem que sempre ature, está sendo difícil manter resguardados e imunes às mudanças todos aqueles que colocam nos ombros dos alunos, exclusivamente, a incapacidade de aprender.
Os subterfúgios teóricos que distorcem propositadamente o conceito de inclusão, condicionada à capacidade intelectual, social e cultural dos alunos, para atender às expectativas e exigências da escola precisam cair por terra com urgência Porque sabemos que podemos refazer a educação escolar, segundo novos paradigmas, preceitos, ferramentas, tecnologias educacionais.
As condições de que dispomos, hoje, para transformar a escola nos autorizam a propor uma escola única e para todos, em que a cooperação substituirá a competição, pois o que se pretende é que as diferenças se articulem e se componham e que os talentos de cada um sobressaiam.
É inegável que as ferramentas estão aí, para que as mudanças aconteçam e para que reinventemos a escola, desconstruindo a máquina obsoleta que a dinamiza, os conceitos sobre os quais ela se fundamenta, os pilares teórico-metodológicos em que ela se sustenta.
As razões para se justificar a inclusão escolar, no nosso cenário educacional não se esgotam nas questões que levantamos e comentamos neste capítulo.
A inclusão também se legitima, porque a escola para muitos alunos é o único espaço de acesso aos conhecimentos. É o lugar que vai lhes proporcionar condições de se desenvolver e de se tornar um cidadão, alguém com identidade social e cultural que lhes confere oportunidades de ser e de viver dignamente.
Incluir é necessário, primordialmente, para melhorar as condições da escola de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para viver a vida na sua plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras. Não podemos contemporizar soluções, mesmo que o preço que tenhamos de pagar seja bem alto, pois nunca será tão alto quanto o resgate de uma vida escolar marginalizada, uma evasão, uma criança estigmatizada, sem motivos.
Confirma-se, ainda, mais uma razão de ser da inclusão – um motivo para que a educação se atualize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas e para que escolas públicas e particulares se obriguem a um esforço de modernização e de reestruturação de suas condições atuais a fim de responderem às necessidades de cada um de seus alunos, em suas especificidades, sem cair nas malhas da educação especial e suas modalidades de exclusão.
Se, do ponto de vista legal, temos de conciliar os impasses entre nossa Constituição e as leis infraconstitucionais referentes à educação, do ponto de vista educacional, é urgente estimular as mudanças, buscando e divulgando novas práticas pedagógicas, experiências de sucesso, saberes adquiridos em estudos desenvolvidos no cotidiano das nossas escolas.
Há ainda que vencer os desafios que nos impõem o conservadorismo das instituições especializadas e enfrentar as pressões políticas e das pessoas com deficiência, que ainda estão muito habituadas a viver de seus rótulos e de benefícios que acentuam a incapacidade, a limitação, o paternalismo e o protecionismo social.
O essencial, na nossa opinião, é que todos os investimentos atuais e futuros da educação brasileira não repitam o passado e reconheçam e valorizam as diferenças na escola. Temos de ter sempre presente que o nosso problema se concentra em tudo o que torna nossas escolas injustas, discriminadoras e excludentes, e que, sem solucioná-lo, não conseguiremos o nível de qualidade de ensino escolar, que é exigido para se ter uma escola mais que especial, onde os alunos tenham o direito de ser (alunos), sendo diferentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano – 1. Artes do fazer. Trad. Ephraim F. Alves. Petrópolis,, RJ: Vozes, 1994.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér & VALENTE, José Armando. Special education reform in Brazil: an historical analysis of educational polices. In European Journal of Special Needs Education, 13(1), (pp.10-28), 1998.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Teachers’education for inclusive teaching: refinement of institutional actions. In Revue Francophone de la Déficience Intellectuelle. número spéciale.(pp.52-54). Colloque Recherche Défi 1999. Montréal/Québec, Canadá, 1999.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Caminhos pedagógicos da inclusão. São Paulo: Memnon, edições científicas, 2001.
MITTLER, Peter. Working towards inclusion education – social contexts. London: David Fulton Publishers Ltd, 2000.
MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento.Trad. Eloá Jacobina – 4ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
RANCIÉRE, Jacques. O mestre ignorante – cinco lições sobre emancipação intelectual.
Trad. Lílian do Valle. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
SANTOS, Boaventura de Souza. Entrevista com Prof. Boaventura de Souza Santos. (On line). Disponível: http://www.dhi.uem.br/jurandir/jurandir-boaven1.htm , 1995.
SERRES, Michel. Filosofia Mestiça: le tiers – instruit. Trad. Maria Ignez D. Estrada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1993.
SILVA, Tomás Tadeu da. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000.
TEXTO 2
Quem ganha com a inclusão de crianças com deficiência?
Marta Gil – Projeto SACI – USP – SP
Extraído de http://saci.org.br/pub/livro_educ_incl/redesaci_educ_incl.pdf
Estudos e experiências realizados no Brasil e no mundo demonstram que a Educação Inclusiva é benéfica para todos os envolvidos. Os alunos com deficiência aprendem
• melhor e mais rapidamente, pois encontram modelos positivos nos colegas;
• que podem contar com a ajuda e também podem ajudar os colegas;
• a lidar com suas dificuldades e a conviver com as demais crianças.
Os alunos sem deficiência aprendem
• a lidar com as diferenças individuais;
• a respeitar os limites do outro;
• a partilhar processos de aprendizagem.
Todos os alunos, independentemente da presença ou não de deficiência, aprendem
• a compreender e aceitar os outros;
• a reconhecer as necessidades e competências dos colegas;
• a respeitar todas as pessoas;
• a construir uma sociedade mais solidária;
• a desenvolver atitudes de apoio mútuo;
• a criar e desenvolver laços de amizade;
• a preparar uma comunidade que apoia todos os seus membros;
• a diminuir a ansiedade diante das dificuldades.
TEXTO 3 Edmodo – rede social colaborativa e focada em educação
Extraído de https://www.edmodo.com/?language=pt-br
Com recursos intuitivos e armazenamento ilimitado, crie grupos rapidamente, atribua lições de casa, agende testes, gerencie progressos e mais. Com tudo em uma única plataforma, o Edmodo é desenvolvido para dar a você o controle total sobre sua sala de aula digital.. O Edmodo é totalmente integrado ao Google Apps for Education e ao Microsoft Office e ao OneNote. Você não precisa mais lembrar de várias senhas ou clicar fora do Edmodo para acessar sua conta do Google Drive ou para colaborar usando o Google Docs. Microsoft ou Google, oferecemos suporte para ambos. Os aplicativos para os pais do Edmodo garantem que tudo o que for ensinado de dia será reforçado à noite com o envolvimento de família no aprendizado. Compartilhe tarefas, datas de entrega, comunicados de sala de aula, eventos, configure lembretes e muito mais. Encontre o melhor conteúdo educacional (recursos de ensino abertos ou pagos) de toda a Web. Ao usar o Edmodo Spotlight, você pode pesquisar e descobrir ferramentas grátis e premium, aplicativos, jogos e criar coleções de seus recursos favoritos. Você pode até enviar, compartilhar ou vender seu conteúdo educacional original.
TEXTO 4 Luz do Saber Infantil – Portal educacional e formativo
Extraído de https://luzdosaber.seduc.ce.gov.br/paic/
O Luz do Saber Infantil é um recurso didático que tem por objetivo contribuir para a alfabetização de crianças, além de promover a inserção na cultura digital. É um software de autoria embasado primordialmente, na teoria do educador Paulo Freire. Considera também algumas contribuições de Emilia Ferreiro e AnaTeberosky acerca do processo de aquisição do código linguístico. Atualmente, o mesmo disponibiliza cinco módulos: “Começar”, “Ler”, “Escrever”, “Aplicativos” e o “Professor”. O primeiro é composto por 10 atividades que estimulam através de jogos, o conhecimento dos fonemas e grafemas que compõem o nome do aluno e, paralelamente, desenvolve as competências necessárias ao uso do mouse e do teclado. O módulo “Ler” pode ser autorado. Isto significa que o professor pode criar as suas atividades adaptadas ao contexto do aluno, assim como também realizar alterações nas aulas já existentes. Existem atualmente 36 atividades estruturais (modelos), nas quais o aluno pode desenvolver de modo lúdico, as competências necessárias para aprendizagem da leitura e escrita. O software já conta com a proposta de 13 aulas que possuem várias atividades cada. Mais informações:
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.ce.seduc.luzdosaber
https://www.facebook.com/luzdosaber
TEXTO 5 A música como elemento de aprendizagem no meio escolar.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Educação é uma palavra que deriva uma série de significados, muitos deles bastante complexos, no entanto, para concebê-los é preciso utilizar de vários recursos didáticos ou não. Quando se fala em educação muitos pensam que a mesma refere-se somente àquela desenvolvida no âmbito escolar, porém vai muito além disso, é conhecer o mundo, a convivência em sociedade e sua organização, esse processo tem início no contato da criança com o país e familiares e com os objetos que encontram-se ao seu redor.
O conhecimento intelectual de um aluno é resultado da interação dele com o meio e não somente por si mesmo. Dessa forma, o meio pode se materializar de muitas maneiras e são justamente essas variações que podem diversificar as metodologias didáticas aplicadas no processo ensino-aprendizagem, independentemente da disciplina que se deseja trabalhar, nesse caso o mediador do procedimento é o educador, é ele quem direciona ou conduz o aluno nesse sentido. No caso da música, essa possibilita o desenvolvimento intelectual e a interação do indivíduo no ambiente social, se for usada de uma forma planejada. A música é um dos principais meios de persuasão existente na sociedade, pois através dela é possível transmitir não somente palavras, mas também sentimentos, idéias e ideais que podem ganhar grandes repercussões didáticas se bem direcionadas. A música como alternativa didática aguça o interesse do aluno, que muitas vezes sem perceber se encontra totalmente envolvido no processo, uma vez que o conjunto de palavras contidas no texto da música é aproveitável em distintas temáticas como ponto de partida na construção do ensino-aprendizagem.
O convívio do aluno no ambiente escolar associado à música provoca uma significativa melhoria no humor, desse modo produzirá um ambiente com indivíduos mais alegres que tendem a serem mais motivados a participar das atividades escolares.
Além disso, o uso da música na escola provoca também um melhor relacionamento entre os alunos, facilitando trabalhos coletivos e contribuindo com a perda da timidez, favorecendo a linguagem corporal.
Diante das afirmativas, fica explícito que a musicalização contribui diretamente no desenvolvimento cognitivo, lingüístico, psicomotor e sócio-afetivo do aluno, independente de sua faixa etária. A música promove em alunos com necessidades especiais uma maior inserção no convívio social.
É notável em uma sala de aula que a música utilizada como base curricular em diferentes disciplinas é de extrema importância, pois garante um resgate do aluno para com o conteúdo e seu educador.
O simples fato de ter uma música no ambiente escolar, enquanto são desenvolvidas explicações de conteúdos didáticos, já favorece em um melhor comportamento disciplinar por parte dos alunos no transcorrer da aula.
TEXTO 6
Coletânea de experiências em escolas com práticas educativas de música e arte
No final de julho de 2016, o papa Francisco visitou o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia. Ao entrar no campo, meditando sobre a dor e o sofrimento, ele orou em silêncio por um longo período.
Nesse local, durante a Segunda Guerra (1939-1945), mais de um milhão de pessoas, na sua maioria judeus, foram mortas pelos nazistas, como o padre Polonês Kolbe. Em 1979, João Paulo II se encontrou com Franciszak Gajownizek, o homem que teve sua vida salva pelo padre Kolbe.
São Maximiliano Kolbe, canonizado em 1982, é um símbolo da luta silenciosa de judeus e cristãos contra os horrores do nazismo.
A seguir, Francisco se encontrou com o padre de uma cidade polonesa onde uma família católica inteira foi assassinada por esconder judeus, durante a ocupação nazista na Segunda Guerra. Antes de sair, escreveu em castelhano no Livro de Honra contido no local: “Senhor, tem piedade de teu povo! Senhor, perdão por tanta crueldade!”
Em uma rede social, Francisco afirmou: “Auschwitz grita a dor dum sofrimento enorme e invoca um futuro de respeito, paz e encontro entre os povos.”
Como nosso querido Papa Francisco, convido você leitor em silêncio e oração, meditemos sobre a dor e o sofrimento e em seguida proclamemos a vitória de Jesus Cristo sobre a dor e o sofrimento, por sua morte de cruz e ressurreição.
Veja mais:
São Maximiliano Maria Kolbe
“Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!”
A vida de São Maximiliano Maria Kolbe
Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, em uma família operária muito pobre, mas profundamente religiosa. Aos treze anos tornou-se franciscano, tomando o nome de Maximiliano Maria. Foi um aluno brilhante, destacado e engajado. Ainda estudante, fundou o movimento de apostolado mariano “Milícia da Imaculada”. Ordenado sacerdote em 1918, lecionou no seminário franciscano, em Cracóvia, Polônia, mesma cidade em que o Papa João Paulo II viveu e se tornou cardeal tempos depois.
No início da Segunda Guerra Mundial, em setembro de 1939, as tropas nazistas tomaram Polônia. Frei Maximiliano foi preso duas vezes. A prisão definitiva deu-se no dia 17 de fevereiro de 1941. Em maio de 1941, foi transferido para o campo de extermínio de Auschwitz, perto de Cracóvia. Lá experimentou a perseguição e o ódio por parte dos guardas nazistas, aconselhando seus colegas de prisão a sofrerem com resignação e confiança na proteção e amparo da Imaculada Virgem Maria. Em muitas oportunidades afirmava: “O ódio não é a força criativa; a força criativa é o amor”. Foi visto inúmeras vezes fornecendo seu alimento aos outros, mesmo desnutrido e com tuberculose, pelas poucas refeições que lhes eram oferecidas.
Certo dia, um prisioneiro fugiu do campo de Auschwitz e em represália, dez prisioneiros inocentes deviam ser condenados à morte. Um prisioneiro sorteado de joelhos chorou, afirmando: “Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!…”. No mesmo instante, Frei Maximiliano pediu ao comandante responsável ali presente, para substituir aquele pai de família. Ao interrogá-lo, o comandante se espanta ao saber que se tratava de um sacerdote católico. Após breve pausa sentencia: “Aceito sua decisão”.
O prisioneiro que chorou pela mulher e filhinhos, Francisco Gajowniczek, voltou à fila e Frei Maximiliano tomou seu lugar. Em seguida, 10 prisioneiros despidos foram levados a uma cela fria, escura e úmida para morrer de fome. Frei Maximiliano forneceu os sacramentos aos companheiros de martírio, com cânticos e orações, consolando-os um a um na hora da morte. Ele faleceu por último, vítima de uma injeção letal, em 14 de agosto de 1941, durante a Vigília da Assunção da Virgem Maria ao céu. Seu corpo foi cremado e suas cinzas atiradas ao vento. Francisco Gajowniczek e sua família sobreviveram. No dia 10 de outubro de 1982, ele, seus filhos e netos presenciaram a canonização de Frei Maximiliano, no Vaticano.
Jesus afirmou: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (Jo 15,13). O amor de Deus é o centro da vida cristã, a missão do cristão é levar o amor de Deus aos que os cercam, traduzido e revelado na experiência mais sublime de nossa vida, um encontro pessoal com Jesus Cristo. Mais do que nunca, o mundo atual necessita dessa presença de amor. São Maximiliano Maria Kolbe testemunhou e revelou a todos com seu martírio a plenitude desse amor.
Veja mais:
Ontem recebi um presente: rever após muitos anos o antigo Cine Bristol, inaugurado em outubro de 1971. Atualmente, no local, há o Cine Cauim entidade com notável atividade cultural, sem fins lucrativos, um oásis na aridez cultural contemporânea. O presente foi completo pela apresentação de Chico – Artista Brasileiro filme de Miguel Faria Junior. É uma oportunidade singular de vislumbrar os últimos 50 anos da história brasileira, determinantes para se compreender o Brasil de hoje, ao visitar as memórias de Chico Buarque de Holanda, considerado por muitos, o maior artista brasileiro.
Desde os festivais da record nos anos 60 – A Banda vencedora de 1966, transformou-o em popstar aos 22 anos – suas memórias do exílio, a ditadura, os anos de chumbo na década de 70, as mobilizações pelas diretas em 1984, o advento da internet no fim dos anos 90 – período que se lançou com estrondoso sucesso na literatura – Chico demonstra domínio pleno de sua arte, da análise do cotidiano ao engajamento político, da militância política ao imaginário e onírico.
No filme fui das lágrimas (perdi a conta das vezes que chorei) ao riso, em especial o episódio recente do seu quinto romance, de caráter autobiográfico, O Irmão Alemão, que narra em detalhes o nascimento do irmão alemão de Chico, nascido em 1930 e falecido aos 50 anos, em 1981, fruto de um romance de seu pai, Sérgio Buarque de Holanda, com uma alemã. O irmão alemão de Chico existia mesmo! E pasmem, era cantor, assoviador como Chico, apresentador de tv na extinta Alemanha oriental e galã, como o Chico, capaz de levar muitas mulheres ao delírio. São famosos os gritos “lindooooooo!” em seus shows, desconcertantes para Chico, um notório tímido em público, fato negado por ele e seus amigos.
Para que gosta de futebol,é torcedor do fluminense, ele mostra sua face amante da bola e da alegria, adepto das famosas “peladas”. Fundou o Politheana, time com um hino maravilhoso, como se vê aqui.
Registro, por fim, uma surpreendente e emocionante participação. Ao cantar Sabiá, a cantora portuguesa Carminho arrebata-nos, em impactante apresentação, transportando-nos ao universo do grande parceiro dessa e tantas outra canções, Tom Jobim. Onírico!
Nisto conhecemos todo o significado do amor:
Cristo deu a sua vida por nós e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos.
I João 3:16
Conhecer é um verbo de significado profundo, e nesse sentido, significa tornar-se cúmplice, estar unido pela alma e o coração. Poucas pessoas nos conhecem desse modo e nós nos deixamos conhecer por poucos. Para ilustrar, quero transcrever um relato que ouvi em uma palestra da Francisca, minha esposa: nossa existência é confirmada pelo olhar do outro. É assim que nos tornamos conhecidos.
Segundo ouvi de Francisca, entre as pessoas das tribos do Natal, na África do Sul, há um cumprimento similar ao nosso “olá!”. Trata-se da expressão Sawu bona, que quer dizer “eu vejo você”. Ao ouvir isso, as pessoas reagem respondendo Sikhona, que significa “eu estou aqui”. Conclusão: entre as pessoas dessas tribos, começamos a existir quando o outro nos vê, quando o outro se encontra conosco. Se alguém passa pelo outro e não o cumprimenta, é como se estivesse negando sua existência.
Quando ouvi esse relato pensei: Jesus nos ensina a ver nossos semelhantes e se revela a nós, como um Sawu bona. Ele nos diz “eu vejo você”, todas as vezes que nos aproximamos d’Ele através da oração e da solidariedade aos irmãos. Encontrar-se com Jesus, no meu entendimento, significa ver e ser visto, amar e ser amado, reconhecer nossas limitações e a necessidade de quem nos cerca. Conhecer a Jesus nos torna capazes de ver: a nós, ao outro e contemplar as maravilhas do seu amor.
Jesus diz está sempre dizendo a nós, na eucaristia, nos sacramentos na oração “Eu vejo você”.
Querido leitor, de coração, olhando nos olhos te digo: Sawu bona